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A Expressão Corporal

Four different poses of one woman waiting for interview. Sitting in office on chair.

A expressão corporal desempenha  um papel de suma importância no contexto da comunicação. Funciona ela, algumas vezes, como meio de reforçar uma ideia que está sendo transmitida e em outras ocasiões, chega até mesmo a confundir-se com o próprio argumento.  Assim, o estudo da expressão corporal tem como finalidade essencial não só pesquisar os meios de que se vale o orador para melhor estabelecer sua comunicação com o auditório, como, ainda, persuadir este último por meio dos sinais corpóreos.

Mas, para que se possa gesticular  com eficiência, é preciso saber adequar a expressão  corporal ao ambiente e à mensagem transmitida, e este é um dos pontos que merecem  uma atenção constante, pois, não raramente, mesmo os mais experientes oradores acabam por cometer deslizes que, muitas vezes, acabam por prejudicar-lhes as imagens, em razão do uso de uma técnica incorreta.
Para evitar tais situações, a melhor (e talvez a única) maneira consiste  em treinar cotidiana e exaustivamente.

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A cabeça

A cabeça é de todas as partes do corpo,  a de maior importância na gesticulação, uma vez que é a região do corpo mais observada pelo auditório. Assim, de nada valeria uma gesticulação bem feita com as mãos se acompanhada por uma expressão facial inconveniente ou apática.

Apenas para ilustrar, um bom exemplo de exercício pode ser encontrado junto às escolas  de teatro, nas quais é comum observar alunos treinando expressões faciais enquanto  leem um texto. É como se estivessem representando, vivendo o papel apenas através da  leitura.

Posição ideal

A posição ideal da cabeça é aquela que se utilizaria ao conversar com um velho amigo:  nem altiva, pois transmitir-se-ia arrogância; tampouco abaixada, pois o orador passaria  uma impressão de insegurança com relação ao conteúdo da mensagem.

A cabeça deve acompanhar a linha traçada pela visão de tal sorte que, direcionados os  olhos para a direita, então a cabeça deverá acompanhar tal movimento, o mesmo se  dando com as demais direções.

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Da expressão facial

A  expressão  facial  deve guardar relação com a mensagem que se deseja transmitir para  o auditório, e isto se dá pelo fato de que o semblante funciona como um indicador da  sinceridade daquilo que é falado. E.g., um gesto involuntário que ocorre com freqüência,  consiste em baixar o olhar ou torná-lo vago ou ainda baixar a cabeça quando há uma inconformidade entre aquilo que está sendo dito e aquilo em que o orador de fato  acredita, ato que, consciente ou inconscientemente, é percebido pelo auditório.

Desta forma, a expressão facial deve atuar como um reforço daquilo que está sendo dito,  e a melhor maneira de se conseguir falar com convicção e segurança consiste em  conhecer tais expressões e saber utiliza-las adequadamente, algo que somente torna-se  possível através do exercício, pois, como já dito, a única maneira de absorver este conhecimento consiste em treinar com  freqüentemente.

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Do tronco

Com relação ao tronco, seria interessante apenas salientar aquilo que o orador deve e o que não deve fazer jamais.

O  que não deve ser feito

a) manter uma postura excessivamente rígida (militar).
b) dirigir o olhar a uma parte do auditório sem girar o corpo (olhar “por cima”)
c) ficar balançando para um lado e outro
d) ficar balançando para frente e para trás
e) ficar alternando entre dobrar o tronco para direita e para esquerda

•  O que deve ser feito

a) agir com naturalidade
b) manter o tronco ereto
c) girar o tronco (sem exagerar) na direção em que se olha
d) manter-se, sempre que possível, na postura clássica

A importância do figurino no espetáculo

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Alguns figurinos ou alguns elementos cênicos podem assumir papéis tão importantes quanto um ator dentro de um espetáculo, pois podem possuir peso e função tamanha que acabam falando por si só. Antes de considerar um grau de importância do figurino primeiro é preciso definir o que é. Chamamos Figurinos o traje usado por um ou mais personagens de uma produção artística, independente de sua linha (teatro, dança, cinema, musicais, etc.). Alguns profissionais se referem aos figurinos como traje, indumentária, vestuário, mas temos algumas diferenças básicas que diferem nos termos.
Denominamos que indumentárias seriam todo o vestuário em relação a uma determinada época e povos. Vestuário, um conjunto de peças de roupas que se veste e o figurino seria o traje usado por um personagem criado. Consideramos como figurino tudo que o ator leva em cima de si, temos então as roupas e acessórios.
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Em relação aos acessórios classificamos a joalheria, chapelaria, calçados, luvas, sombrinhas, leques, lenços entre outros. Alguns acessórios já foram parte integrada e essencial na composição do look da vestimenta em épocas passadas, mas atualmente não são mais usadas, como luvas, sombrinhas, alguns estilos de chapéus, chales, etc, hoje estes somente são usados eventualmente em determinados lugares ou quando devemos mostrar figurinos de época. Como define Cunningham, “o figurino é um traje “mágico” – um traje que possibilita, por um tempo, o ator ser outra pessoa. Como a capa de Próspero, que concentrava seu poder sobrenatural sobre os ventos e os mares.
A roupa do ator, ajuda a concentrar o poder da imaginação, expressão, emoção e movimento dentro da criação e projeção do caráter do espetáculo”. (Cunningham, 1984:01) O figurino é mais que uma simples veste, mais que uma roupa, pois ele possui uma carga, um depoimento, uma lista de mensagens implícitas visíveis e subliminares sobre todo o panorama do espetáculo e possui funções específicas dentro do contexto e perante o público, ora com grau maior ora menor.
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O figurino tem como duas funções básicas definir o personagem interpretado pelo ator e ajudar a estabelecer o tema, idéia e atmosfera da produção interpretada pelo diretor além de mais outras quatro não menos importantes. O figurino é parte importante do espetáculo, pois através dele se cria uma linguagem através das formas, cores, texturas, transmite a época, a situação econômica política e social, indica a região ou cultura, estilo do personagem, estação climática, aspecto psicológico, enfim os elementos necessários para passar ao espectador o sentido do espetáculo, devendo mostrar as relações entre todos os personagens. O Espaço é onde ele vive, local, região, cultura, se é um lugar específico, real ou é um lugar inventado, que saiu na imaginação do escritor. O figurino pode demonstrar claramente de que país de passa trama, por certas características folclóricas nas roupas de todos os países.
Dependendo do local, vai-se usar determinado tipo de figurino característico do seu país, de sua cultura, possuindo trajes característicos alguns ainda usados até hoje, alguns ainda mais considerados folclóricos ainda usados somente em períodos festivos.
Ex.: Se virmos um homem usando o Kilt, sabemos que ele está na Escócia ou está em outro país, mas está representando este país. O mesmo ocorre com uma gueixa, um cowboy, etc. A época é em que determinado tempo da história o personagem está sendo interpretado, é muito importante ter uma data específica para poder se seguir uma linha de pesquisa.
Podemos identificar se é de uma época anterior pela diferença nas formas dos trajes, e claramente pode-se identificar as estações do ano em que está ocorrendo a trama, pelo excesso de roupa ou falta dela. Ex.: Se virmos dois homens lutando com espadas e armaduras logo vemos que a historia se passa na Idade Média. Alguns trajes são mais fáceis de identificar que outros, para um conhecedor da história do vestuário, pode-se em alguns momentos identificar até o ano em que a trama está ocorrendo mesmo sem haver a declaração desta.
O figurino pode determinar a passagem de tempo, assim como a maquiagem serve para ressaltar esta parte de extrema importância.
Se virmos um personagem com roupas de verão e logo de repente ele está com roupas de invernos, sabemos que se passaram alguns meses, no decorrer do tempo, ou ainda pode-se ser por poucos anos, o envelhecimento através da maquiagem, já determina a passagem de vários anos. Com o clima também ambienta uma troca de ambiente, local, o personagem pode ter viajado de um país para outro. É necessário estabelecer qual a idade do personagem.
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Segundo Rebecca Cunninghann, “uma peça existe porque um escritor tem uma ou mais idéias para expressar” . Sendo então que o tema ou o conceito do espetáculo proposto pode-se basear na história, pontos de vista, temas, incidentes e há varias linguagens para se contar uma história. O conceito que se segue para estudar o script são baseados na linguagem e na história pode ser interpretada e representada de várias maneiras. A disposição pode ser imposta pelo escritor e interpretada pelo diretor. O conceito é definido através de estilos, cores, formas, texturas.
    Estilo – se é realista ou estilizado. Cores – cores expressam sensações e podem definir um contexto com muitos significados. Volume – produções estilizadas pode ser utilizadas de formas exageradas ou pequenas demais para enfatizar uma cena. (mais propenso no teatro) Texturas – através das texturas para demonstrar algo sobre o personagem no relacionamento dele com os outros personagens, ou de determinados grupos. A textura também expõe ocasiões.

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Sabemos que o figurino é um dos elementos visuais e estes todos estão relacionados entre si então salientamos aqui o figurino em relação aos outros elementos cênicos, em grau de importância semelhantes, um não se sustenta sem o outro e um pode prejudicar o outro. Sendo então que o espaço emoldura o personagem, e o figurino enquanto elemento visual estabelece um essencial elo de significação entre o personagem e o contexto do espetáculo. Sendo que o mais importante é a completa integração entre o ator, figurino, cenário, e a luz, pois nestes estão concentrados os elementos visuais. Este trabalho deve ser feito num todo no campo da cenografia, pois o espetáculo é o resultado de um trabalho em conjunto.