Aqui vão conselhos simples e eficazes de especialistas que misturam oratória moderna e técnicas teatrais, para melhorar a sua comunicação.
A capacidade de falar em público é algo útil para o dia a dia para expor seu ponto de vista e também para quem está no palco.
Essas dicas vêm do Teatrês Teatro Coach, onde Mauro Henrique Toledo e Alzira Andrade apostam no domínio do corpo e em técnicas teatrais para transformar a comunicação.
O primeiro passo para se preparar e sair do loop negativo. Confira algumas lições apresentadas por eles.
1 – Reações negativas têm seus motivos.
Quem nunca teve um branco. Qual era a palavra? Qual era o assunto? O que você estava falando mesmo? Isso pode te desencadear algumas reações físicas negativas, como ansiedade, nervosismo, taquicardia, entre outros fatores. Desmoralizada, a pessoa começa a falar mais ou acaba travando. Quer acabar com isso o mais rápido possível.
Essa experiência negativa é muito marcante e pode acontecer novamente, criando um medo da situação em si. Segundo Alzira, “ Pensar sobre o medo fortalece o medo” e “Afirmá-lo reforça o caminho neural, viciando as reações do corpo”.
Saber que você tem o poder de controlar seu corpo fisicamente desenvolve seu potencial de comunicação.
2 – Cultue o Empoderamento.
Uma das maneiras de se sentir no controle é um exercício de empoderamento. A dupla recomenda que você pense em um momento em que agiu com coragem e prontidão.
Não pense nas repercussões boas ou ruins daquele ato, apenas escreva como se sentiu. A energia contida naquela lembrança pode se tornar um estado de ânimo poderoso, que você pode utilizar a seu favor e trocar as reações negativas pelas positivas. “Valorize suas experiências positivas”, dizem os Coaches.
3 – Lembre-se de que a plateia não é um tigre.
O sistema nervoso guarda em si uma reação chamada “fight or flight”, ou luta ou fuga. Foi gravada há milhões de anos e serve para identificar perigos rapidamente, para que decisões de vida ou morte sejam tomadas depressa. Quando ativada, a reação causa taquicardia, estresse, boca seca. A dupla utiliza um encontro com um tigre como exemplo: É como encontrar um tigre: É um momento muito perigoso e que desencadeia, de maneira justificada, essa manifestação física.
Quando se trata de falar em público, o ideal é você saber que essa reação não passa de um perigo imaginário.
Para esse momento, Mauro recomenda a técnica da respiração chamada 535: solte os ombros, respire focando no diafragma por cinco tempos, segure por outros três e solte por cinco tempos. Repita algumas vezes. O efeito é admirável.
4 – Seja Empático.
Algumas pessoas podem lhe dar conselhos de que a plateia está ali para ser conquistada, vencida e derrotada. Isso não é verdade. Esse tipo de pensamento também pode causar estresse, ansiedade e tensão. Você deve se identificar com a plateia e ser empático. Coloque-se no lugar dela, saiba seu perfil geral e pratique a generosidade ao expor suas ideias, compreendendo quem são as pessoas e as auxiliando com informações na hora certa.
Caso esteja com dificuldades para entender exatamente como agir com empatia, faça um exercício sobre o oposto. Pense numa pessoa apática que você conhece – alguém desanimado, sem energia e que não demonstra desenvolvimento. Descreva todas as suas características e reflita sobre às vezes em que você também esteve assim. O que colheu? O que essa apatia criou? Desinteresse? Ressentimento? É justamente o que cria um orador apático.
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FONTE: EXAME